terça-feira

Receitas com castanha-da-amazônia

Aproveitando o grande potencial nutritivo e por que não dizer saboroso da castanha-da-amazônia (a nossa tradicionalmente conhecida castanha-do-pará que, conforme já postamos aqui no blog,  foi determinado mudar a nomenclatura de acordo com a Convenção Mundial de Frutos Secos), resolvi postar algumas receitas utilizando a matéria prima.

Antes, mais algumas considerações sobre os valores nutricionais da castanha:

- Possui um alto teor calórico por ter uma taxa de óleo de cerca de 50%.
- Fornece magnésio, que intervém na atividade cardíaca e muscular, além de agir no funcionamento de células nervosas e na formação dos ossos.
- Contém ômega 3, que melhora a concentração, a memória, habilidades motoras, velocidade de reação, neutraliza o stress e atua na prevenção de doenças degenerativas cerebrais. Além disso, atua como elemento protetor, prevenindo doenças cardiovasculares.
- Outro micronutriente é o selênio (encontrado em outros alimentos em menor quantidade com fígado, peixe, crustáceos, ovo, brócolis, nozes e couve), que traz entre outros benefícios o retardamento do envelhecimento da pele pois combate os radicais livres, melhora a resposta imunológica do organismo, é essencial para a formação do T3 (hormônio que atua no funcionamento da tireóide), ajuda na prevenção do câncer.
- A ingestão recomendável é de 0,05 a 0,1 miligrama por dia – uma castanha já supre a necessidade no organismo.

Voltando ao assunto deste post, as receitas são bem fáceis, podem experimentar, porque é certeza de sucesso com toda sua família! Veja algumas das receitas que em breve estarão aqui no blog:

Biscoito amanteigado com castanha-da-amazônia I (a receita de hoje);
Bolo de castanha-da-amazônia;
Palha Italiana com castanha-da-amazônia;
Biscoito amanteigado com castanha-da-amazônia II.

Biscoito amanteigado de castanha-da-amazônia I

Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo
¾  xícara de castanha-da-amazônia torrado e moída
1 pitada de sal
2 xícara de manteiga
3 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e amasse rapidamente até obter uma massa homogênea. Abra com o rolo de macarrão numa superfície lisa e polvilhada com farinha. Corte com um cortador para biscoito (ou faça bolinhas) e coloque numa assadeira untada com manteiga. Asse em forno pré-aquecido por 10 minutos ou até dourar ligeiramente. Deixe esfriar na própria assadeira. Polvilhe com açúcar.

segunda-feira

Bioespuma Urgenteeee!!!

A Bioespuma é um composto biodegradável elaborado como alternativa para substituir o isopor. Para saber sobre o isopor leia o artigo postado anteriormente neste blog.

Longe de ser considerado ambientalmente amigável o poliestireno expandido (EPS) – isopor é um dos produtos mais utilizados para embalagens devido a leveza e resistência que proporciona. Subproduto do petróleo e não biodegradável, o isopor é de difícil reciclagem, cuja incineração produz gases tóxicos e que leva 500 anos para se decompor na natureza, o que constitui um sério problema ambiental por ser descartado nos lixões a céu aberto.

A matéria prima da Bioespuma é obtida a partir de produtos naturais renováveis como plantas e sementes: o óleo de mamona, a cana-de-açúcar, a soja ou o amido de milho. Sua composição permite que a deterioração ocorra mais rapidamente, cerca de 2 anos na presença de oxigênio e 3 anos na ausência deste para que desapareça completamente do meio ambiente.

A ação da luz e do calor acelera a degradação da Bioespuma, fato este que explica porque no verão ocorre mais rapidamente (3 meses). Além de ser biodegradável, no processo de fabricação não são produzidos resíduos tóxicos e ter baixo gasto energético, é segura em casos de incêndios, pois não é tóxica e nem propaga chamas.

Alguns países europeus proibiram a comercialização de produtos que continham o isopor em sua produção, a demanda contínua para a fabricação de embalagens fez com que os estudos intensificassem na produção de um biomaterial.

Surge a Bioespurma,  o nome comercial patenteado do material desenvolvido pela empresa Kehl Polímeros, do químico e economista Eduardo Murgel Kehl, da cidade São Carlos – SP, com parceria com a UNICAMP. Aplicada em produtos como bandejas para comercialização de frutas e legumes, embalagens para aparelhos eletrônicos, suportes para plantio de mudas e sementes com nutrientes agregados, tapetes absorventes para produtos químicos e barreira nos vazamentos de óleo em rios e oceanos.

Produzida pela reação de dois tradicionais produtos da área poliuretana um poliol e um isocianato. Quem determina a característica de biodegrabilidade é o novo poliol utilizado, já que no isocianato utilizado não há nenhuma modificação. Os principais tipos de isocianato utilizados são tolueno disocianato e metileno disocianato. O processamento do poliol da bioespuma é idêntico ao tradicional. Para a produção da bioespuma é utilizada uma máquina que misturas qantidades exatas e conhecidas de poliol e isocianato, conhecida como injetora poliuretana. A reação ocorre a temperatura ambiente sem a necessidade de nenhuma mudança ou instalação de dispositivos especiais na injetora. 

Todos os materiais que formam a bioespuma são biodegradáveis. "Fizemos testes no laboratório do CPQBA, seguindo as normas da American Society for Testing and Materials (ASTM) aceitas mundialmente. A Bioespuma se degrada em dois anos na presença do oxigênio e em torno de três anos em ambientes sem oxigênio", diz o químico Ricardo Vicino, coordenador da pesquisa. Segundo Vicino, a decomposição pode ocorrer em até 6 meses em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de microorganismos, como um lixão a céu aberto.

"Existem três nichos de mercado onde a Bioespuma pode atuar. Um é o de calço de embalagens para a indústria eletroeletrônica. Outro é na área agrícola, onde ela pode ser usada como substrato de crescimento para mudas e sementes. O terceiro nicho seria o de embalagens descartáveis para alimentos", diz Vicino. "No setor agrícola, a Bioespuma substituiria a espuma fenólica, e na área de embalagens, o poliestireno expandido (EPS).


E como dizia Clarice Lispector: "O que poderia uma abelha viva de pavor querer na escura vida de uma flor?"