sexta-feira

Economia solidária...



A globalização expandiu em escala mundial uma concepção econômica centrada somente no lucro e no mercado. A resposta para esse tipo de desenvolvimento, na definição do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi a Economia Solidária, que vem se apresentando, nos últimos anos, como uma inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. 

"Economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem."

Ainda segundo o MTE, ela compreende diversas práticas econômicas e sociais como produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas em cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Os resultados obtidos, tanto econômicos como políticos e culturais, são compartilhados pelos participantes. Assim, a Economia Solidária "implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica. A economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas".
     
Apesar de ter surgido como movimento social na Inglaterra, durante o século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial, no Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado.

Desde 2001 a sociedade civil lutava para a consolidação da Economia Solidária em nosso país, mas foi apenas em 2003 que o Brasil criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, fruto do fomento dessa sociedade que se organizava e da decisão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

São experiências geridas pela nova economia: o orçamento participativo em Porto Alegre, emulado depois em outros municípios; a ANTEAG – Associação Nacional de Trabalhadores em Empresas Autogestionária; cooperativas de produção e consumo, de crédito e de habitação; consórcios de PMEs (pequenas e médias empresas) e associações de municípios com interesses e problemas regionais comuns, como por exemplo, a gestão de bacias hidrográficas, o que já faz do país uma referência internacional no assunto. 
E você com isso? A nossa escolha, como consumidores individuais, movidos por princípios éticos e valores de compaixão e solidariedade, pode contribuir para a sobrevivência e a expansão desses empreendimentos que se preocupam com a sustentabilidade. Como? Privilegie os produtos da região feitos pelas pequenas cooperativas e micro-empresas, pois essa pequena atitude pode contribuir para a redução da concentração de renda local.
A economia de mercado vigente nos coloca(va) como figurantes assistindo a expansão do capitalismo e da especulação financeira, subvertendo as relações da sociedade preocupada mais com o ter do que com o ser, nesse contexto surge a Economia Solidária, propondo uma reorganização social e política, transformando em protagonistas nós, os atentos consumidores.

Saiba mais em: Ministério do Trabalho http://www.mte.gov.br/
                            Fórum brasileiro de economia solidária http://www.fbes.org.br/ disponibiliza também informações das ações dos fóruns estaduais, confira o que vem sendo feito na sua cidade, é só clicar no mapa do seu estado.
                           Programa de Extensão Universitária da Universidade de São Carlos - INCOOP http://www.incoop.ufscar.br/
        Empreendimentos solidários por município ou estado  http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp#
    
E como dizia Clarice Lispector: “O resto é a implícita tragédia do homem – a minha e a sua? O único jeito é solidarizar-se? Mas solidariedade contêm eu sei a palavra só."

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