quinta-feira

Animais dispersores de sementes

Na complexa trama que reveste a dinâmica do meio ambiente, a síndrome de dispersão das sementes e a polinização das flores são as dependências mais diretas que as plantas tropicais têm dos seres bióticos, constituindo uma relação crucial para a manutenção da vida.

Animais dispersores de sementes (zoocoria) inicialmente alimentam-se da produção das árvores para depois realizar a dispersão lançando novamente na natureza, podendo estas germinar e produzir novas árvores.

Para que ocorra a interação positiva entre as espécies dos reinos animal e vegetal, o modo de dispersão das plantas e a relação entre seus frutos e os animais têm grande importância, uma vez que é necessário que ocorra uma identificação entre estes para que o fenômeno aconteça.

Entre os animais, os principais agentes dispersores de sementes são os vertebrados, onde se destacam as aves e os morcegos, embora outros grupos também possam exercer esta função: mamíferos, roedores, peixes frugíveros, anfíbios e lagartos. Dentre os invertebrados, a formiga se destaca.

Outro aspecto importante é a dormência, cerca de 2/3 das espécies apresentam essa característica (atraso na germinação), um processo natural encontrado em várias plantas, prejudicado quando ocorre a falta de um agente dispersor, fazendo com que algumas plantas não germinem (mesmo quando a semente encontra temperatura, ar e umidade propícios para seu desenvolvimento), pois precisa passar pelo trato digestivo dos animais.

Nas florestas tropicais, aves e morcegos podem ser considerados os grandes responsáveis pela movimentação de sementes e frutos. As aves apresentam várias vantagens como agentes dispersores:  são animais de volume corpóreo relativamente grande; têm facilidade de deslocamento e um raio de ação com os quais praticamente nenhum outro animal possa rivalizar.

Ao mesmo tempo que espalham ou dispersam sementes como outras aves e animais, os papagaios são considerados também predadores de sementes, ou seja, são animais que comem e destroem-nas, mas ainda assim ajudam a balancear o número que podem germinar e de árvores a nascerem na floresta.

O fato de não consumirem o fruto na mesma árvore, faz dos morcegos eficazes dispersores de sementes, contribuindo significativamente para a variabilidade genética das espécies vegetais.

Assim como o esquilo, a cutia come algumas sementes e enterra as restantes para ter alimento em outra estação. Quando ela muda de território, esquece alguma semente ou predada por felinos, a semente abandonada germina e dá origem a nova planta. Por ser alvo de caçadores juntamente com a anta, a caça predatória desses animais ameaça a sobrevivência do jatobá e de outras 50 espécies de árvores de frutos grandes, que têm no animal seu único dispersor como palmeiras e castanheiras.


O mico-leão-dourado, primata que se alimenta de 88 espécies de frutos, é um dos animais que consta na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA.

Enquanto a natureza se encarrega da distribuição das sementes e da regeneração da mata, o ser humano cumpre papel contrário. Além de lançar na água, no ar e no solo os mais diversos tipos de substâncias tóxicas e contaminadas, agride o ambiente capturando e matando animais silvestres e aquáticos e destruindo seus hábitat.


Muitas espécies vegetais e animais já desapareceram da Terra e outras estão seriamente ameaçadas. A causa da extinção de espécies são as mais diversas: mudanças no ambiente, falta de alimento causado pelo desmatamento para a agricultura e pecuária, dificuldades de reprodução, entre outros.

Sem contar que a caça predatória pode constituir em prática de crime ambiental, caçar e matar animal silvestre sem a devida permissão ou licença da autoridade competente, contrariando o Artigo 21 da Lei 905/98.

Outra grande ameaça à conservação é a perda de interações ecológicas mutualísticas (polinização e dispersão) e antagonisticas (predação de sementes e herbivoria).

Além disso, os animais desempenham um papel importantíssimo na recomposição de áreas degradadas e também são vitais para a manutenção da estabilidade ecológica. Quando estes depositam sementes de espécies vegetais pioneiras em áreas abertas criadas pelo homem, estão contribuindo para a recomposição ambiental.

A manutenção da vida nas florestas depende da interação entre planta e animal, relação esta que mantém em equilíbrio e constitui a biodiversidade no Planeta.

Fonte: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ciência Hoje On-line, Guardião da Natureza/BPA, MMA.

E como dizia Clarice Lispector: "A humanidade está ficando dura. Os fatos estão ficando contundentes."

Etiqueta Ambiental

Movimento Planeta Sustentável

O movimento tem o objetivo de fazer "parte da corrente que pretende amenizar nosso impacto sobre o ambiente e tornar a convivência social cada vez mais civilizada, afinal,  pequenos gestos podem conduzir a grandes mudanças se forem adotados por todos nós."

O que você precisa saber para fazer do planeta um lugar melhor:

Água: Ela até cai do céu, mas é um recurso esgotável e raro em muitos lugares do mundo. Se em apenas 5' você escova os dentes com a torneira aberta, 12 litros de água potável serão desperdiçados.

Energia Elétrica: O consumo cada vez maior requer a construção de mais usinas hidrelétricas e mais florestas vão desaparecer para dar lugar a elas. Acredite, o simples gesto de desligar as luzes  dos ambientes quando estiverem vazios pode ajudar a evitar mais construções de hidrelétricas.

Combustíveis: A queima dos combustíveis fósseis derivados do petróleo, como o diesel e a gasolina, é a maior responsável pela emissão dos gases que aumentam o efeito estufa e provocam o aquecimento global. Pense nisso antes de ir de carro à padaria da esquina.

Saiba mais: acesse o site www.planetasustentavel.com.br ou clique no banner do movimento no lado direito deste blog.

E como dizia Clarice Lispector: "Nada te posso garantir - eu sou a única prova de mim."

Teia Literária

Aproveitando a época em que se aproxima o Sarau Teia Literária Digital:




  "O Grande Espírito quis conhecer a totalidade de si mesmo e, por isso, transformou-se inicialmente em uma coruja ancestral. E como coruja, conseguiu ver-se além do vazio e da noite existiam de verdade. Então Ele viu quanto era vasto acima e abaixo, atrás e adiante. Quis, então conhecer todas as suas dimensões e, por isso, transformou-se em um beija-flor. E percorreu rapidamente todas as suas dimensões. E conheceu o pequeno e o grande, o médio e o alto. E conheceu a superfície e a profundidade e reconheceu o valor e o poder de cada coisa e viu como cada parte se encaixa no Todo e viu como o Todo está em cada parte. Conheceu a importância dos pequenos gestos, dos pequenos atos, dos pequenos serviços, pois viu que, de parte por parte, se faz a Teia da Vida."
                                                               Kaká Werá Jecupé

O autor é índio de origem tapuia, escritor, ambientalista, conferencista, educador, terapeuta e fundador do Instituto Arapoty, uma organização voltada para a difusão dos valores sagrados e éticos da cultura indígena.


Participa da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e também conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Leciona na Universidade da Paz (UNIPAZ) e na Fundação Peirópolis. Proferiu palestras em diversos países. Dentre os livros publicados, dois foram selecionados pelo MEC para o PNDL. Suas publicações incluem: Tupã Tenondé, A terra dos mil povos - História indígena do Brasil contada por um índio, As fabulosas fábulas de Iauartê e Oré Awé - Todas as vezes que dissemos adeus.

E como dizia Clarice Lispector: "O corpo é a sombra de minha alma."

terça-feira

Receitas com castanha-da-amazônia

Aproveitando o grande potencial nutritivo e por que não dizer saboroso da castanha-da-amazônia (a nossa tradicionalmente conhecida castanha-do-pará que, conforme já postamos aqui no blog,  foi determinado mudar a nomenclatura de acordo com a Convenção Mundial de Frutos Secos), resolvi postar algumas receitas utilizando a matéria prima.

Antes, mais algumas considerações sobre os valores nutricionais da castanha:

- Possui um alto teor calórico por ter uma taxa de óleo de cerca de 50%.
- Fornece magnésio, que intervém na atividade cardíaca e muscular, além de agir no funcionamento de células nervosas e na formação dos ossos.
- Contém ômega 3, que melhora a concentração, a memória, habilidades motoras, velocidade de reação, neutraliza o stress e atua na prevenção de doenças degenerativas cerebrais. Além disso, atua como elemento protetor, prevenindo doenças cardiovasculares.
- Outro micronutriente é o selênio (encontrado em outros alimentos em menor quantidade com fígado, peixe, crustáceos, ovo, brócolis, nozes e couve), que traz entre outros benefícios o retardamento do envelhecimento da pele pois combate os radicais livres, melhora a resposta imunológica do organismo, é essencial para a formação do T3 (hormônio que atua no funcionamento da tireóide), ajuda na prevenção do câncer.
- A ingestão recomendável é de 0,05 a 0,1 miligrama por dia – uma castanha já supre a necessidade no organismo.

Voltando ao assunto deste post, as receitas são bem fáceis, podem experimentar, porque é certeza de sucesso com toda sua família! Veja algumas das receitas que em breve estarão aqui no blog:

Biscoito amanteigado com castanha-da-amazônia I (a receita de hoje);
Bolo de castanha-da-amazônia;
Palha Italiana com castanha-da-amazônia;
Biscoito amanteigado com castanha-da-amazônia II.

Biscoito amanteigado de castanha-da-amazônia I

Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo
¾  xícara de castanha-da-amazônia torrado e moída
1 pitada de sal
2 xícara de manteiga
3 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e amasse rapidamente até obter uma massa homogênea. Abra com o rolo de macarrão numa superfície lisa e polvilhada com farinha. Corte com um cortador para biscoito (ou faça bolinhas) e coloque numa assadeira untada com manteiga. Asse em forno pré-aquecido por 10 minutos ou até dourar ligeiramente. Deixe esfriar na própria assadeira. Polvilhe com açúcar.

segunda-feira

Bioespuma Urgenteeee!!!

A Bioespuma é um composto biodegradável elaborado como alternativa para substituir o isopor. Para saber sobre o isopor leia o artigo postado anteriormente neste blog.

Longe de ser considerado ambientalmente amigável o poliestireno expandido (EPS) – isopor é um dos produtos mais utilizados para embalagens devido a leveza e resistência que proporciona. Subproduto do petróleo e não biodegradável, o isopor é de difícil reciclagem, cuja incineração produz gases tóxicos e que leva 500 anos para se decompor na natureza, o que constitui um sério problema ambiental por ser descartado nos lixões a céu aberto.

A matéria prima da Bioespuma é obtida a partir de produtos naturais renováveis como plantas e sementes: o óleo de mamona, a cana-de-açúcar, a soja ou o amido de milho. Sua composição permite que a deterioração ocorra mais rapidamente, cerca de 2 anos na presença de oxigênio e 3 anos na ausência deste para que desapareça completamente do meio ambiente.

A ação da luz e do calor acelera a degradação da Bioespuma, fato este que explica porque no verão ocorre mais rapidamente (3 meses). Além de ser biodegradável, no processo de fabricação não são produzidos resíduos tóxicos e ter baixo gasto energético, é segura em casos de incêndios, pois não é tóxica e nem propaga chamas.

Alguns países europeus proibiram a comercialização de produtos que continham o isopor em sua produção, a demanda contínua para a fabricação de embalagens fez com que os estudos intensificassem na produção de um biomaterial.

Surge a Bioespurma,  o nome comercial patenteado do material desenvolvido pela empresa Kehl Polímeros, do químico e economista Eduardo Murgel Kehl, da cidade São Carlos – SP, com parceria com a UNICAMP. Aplicada em produtos como bandejas para comercialização de frutas e legumes, embalagens para aparelhos eletrônicos, suportes para plantio de mudas e sementes com nutrientes agregados, tapetes absorventes para produtos químicos e barreira nos vazamentos de óleo em rios e oceanos.

Produzida pela reação de dois tradicionais produtos da área poliuretana um poliol e um isocianato. Quem determina a característica de biodegrabilidade é o novo poliol utilizado, já que no isocianato utilizado não há nenhuma modificação. Os principais tipos de isocianato utilizados são tolueno disocianato e metileno disocianato. O processamento do poliol da bioespuma é idêntico ao tradicional. Para a produção da bioespuma é utilizada uma máquina que misturas qantidades exatas e conhecidas de poliol e isocianato, conhecida como injetora poliuretana. A reação ocorre a temperatura ambiente sem a necessidade de nenhuma mudança ou instalação de dispositivos especiais na injetora. 

Todos os materiais que formam a bioespuma são biodegradáveis. "Fizemos testes no laboratório do CPQBA, seguindo as normas da American Society for Testing and Materials (ASTM) aceitas mundialmente. A Bioespuma se degrada em dois anos na presença do oxigênio e em torno de três anos em ambientes sem oxigênio", diz o químico Ricardo Vicino, coordenador da pesquisa. Segundo Vicino, a decomposição pode ocorrer em até 6 meses em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de microorganismos, como um lixão a céu aberto.

"Existem três nichos de mercado onde a Bioespuma pode atuar. Um é o de calço de embalagens para a indústria eletroeletrônica. Outro é na área agrícola, onde ela pode ser usada como substrato de crescimento para mudas e sementes. O terceiro nicho seria o de embalagens descartáveis para alimentos", diz Vicino. "No setor agrícola, a Bioespuma substituiria a espuma fenólica, e na área de embalagens, o poliestireno expandido (EPS).


E como dizia Clarice Lispector: "O que poderia uma abelha viva de pavor querer na escura vida de uma flor?"

quarta-feira

Fim férias...

SimplesMENTES...


Agradeço as pedras que encontrei e pelas quais passei por dentre A Cachoeira... Tem tantas coisas que eu não sei dizer... vou começar com algumas, as certas tentam transpor as incertas, let's breath....

                     Ane®

Certas coisas (Lulu Santos e Nelson Motta)

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado...

E como dizia Gibran Khalil Gibran:“E indigno sou eu da palavra mais completa, mas convocarei meu coração a meus lábios.”


sexta-feira

Economia solidária...



A globalização expandiu em escala mundial uma concepção econômica centrada somente no lucro e no mercado. A resposta para esse tipo de desenvolvimento, na definição do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi a Economia Solidária, que vem se apresentando, nos últimos anos, como uma inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. 

"Economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem."

Ainda segundo o MTE, ela compreende diversas práticas econômicas e sociais como produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas em cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Os resultados obtidos, tanto econômicos como políticos e culturais, são compartilhados pelos participantes. Assim, a Economia Solidária "implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica. A economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas".
     
Apesar de ter surgido como movimento social na Inglaterra, durante o século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial, no Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado.

Desde 2001 a sociedade civil lutava para a consolidação da Economia Solidária em nosso país, mas foi apenas em 2003 que o Brasil criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, fruto do fomento dessa sociedade que se organizava e da decisão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

São experiências geridas pela nova economia: o orçamento participativo em Porto Alegre, emulado depois em outros municípios; a ANTEAG – Associação Nacional de Trabalhadores em Empresas Autogestionária; cooperativas de produção e consumo, de crédito e de habitação; consórcios de PMEs (pequenas e médias empresas) e associações de municípios com interesses e problemas regionais comuns, como por exemplo, a gestão de bacias hidrográficas, o que já faz do país uma referência internacional no assunto. 
E você com isso? A nossa escolha, como consumidores individuais, movidos por princípios éticos e valores de compaixão e solidariedade, pode contribuir para a sobrevivência e a expansão desses empreendimentos que se preocupam com a sustentabilidade. Como? Privilegie os produtos da região feitos pelas pequenas cooperativas e micro-empresas, pois essa pequena atitude pode contribuir para a redução da concentração de renda local.
A economia de mercado vigente nos coloca(va) como figurantes assistindo a expansão do capitalismo e da especulação financeira, subvertendo as relações da sociedade preocupada mais com o ter do que com o ser, nesse contexto surge a Economia Solidária, propondo uma reorganização social e política, transformando em protagonistas nós, os atentos consumidores.

Saiba mais em: Ministério do Trabalho http://www.mte.gov.br/
                            Fórum brasileiro de economia solidária http://www.fbes.org.br/ disponibiliza também informações das ações dos fóruns estaduais, confira o que vem sendo feito na sua cidade, é só clicar no mapa do seu estado.
                           Programa de Extensão Universitária da Universidade de São Carlos - INCOOP http://www.incoop.ufscar.br/
        Empreendimentos solidários por município ou estado  http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp#
    
E como dizia Clarice Lispector: “O resto é a implícita tragédia do homem – a minha e a sua? O único jeito é solidarizar-se? Mas solidariedade contêm eu sei a palavra só."

quarta-feira

Tutorial básico do CmapTools.

Quem gosta de elaborar mapas conceituais (MC) e perde tempo tentando criá-los utilizando programas como o PowerPoint como eu, seus problemas acabaram-se (foi assim que me senti XD), graças a um software gratuito desenvolvido pelo Institute for Human Machine Cognition da University of West Florida – IHMC: o CmapTools, que permite ao usuário construir o MC e dividir o conhecimento criado com seus mapas.
     
Na página do IHMC http://cmap.ihmc.us/download é possível obter a última versão desse software livre. Ao preencher os dados solicitados pelo site o download é autorizado. Após o comando de executar o programa é instalado.
    
E agora, como criar um mapa conceitual? Preencha os dados solicitados pelo servidor do programa. Segue abaixo um tutorial com recursos básico para elaborar um MC.

1. Como abrir o CmapTools?
Clique no botão Iniciar, Programas, IHMC CmapTools, CmapTools. Após ter clicado duas janelas serão abertas:
- Visualização – Mapas Conceituais onde é possível visualizar os MC criados e os servidores disponíveis com MC compartilhados por estudantes de forma colaborativa;
- Sem título 1 esta opção permite a autoria de um mapa.

2. Como adicionar um conceito?
Siga a informação da página Dê um duplo-clique para criar um conceito, faça isso clicando rapidamente em qualquer ponto da tela, é só digitar o conceito dentro da caixa ????.

3. Como incluir termos explicativos entre conceitos?
Siga a informação ao lado da caixa em que você digitou o seu conceito clique e arraste a seta para criar um link. Dê um duplo- clique para editar o texto. A sequência de pontos de interrogação fora da caixa de conceito é o conector para você digitar o termo explicativo.


4. Como unir conceitos?
Quando seu mapa tiver 2 ou mais conceitos, clique e arraste a seta em cima da caixa de conceito que se quer ligar, o que está com a borda destacada em azul, para a caixa de conceito que você deseja unir.


5. Como mover todo o conteúdo do mapa?
No menu Editar, Selecionar conceitos, daí é só arrastar para o local desejado, ou você pode clicar com o botão esquerdo do mouse e mantendo pressionado arraste sobre todo o conteúdo do MC. Depois dê um clique mantendo pressionado o botão do mouse e arraste.


6. Como formatar a caixa de conceito?
Clique em Formatar, Estilos. Nas abas Fonte, Objeto, Linha e Cmap é possível alterar a aparência como o formato, a cor, o estilo da letra, a cor de fundo, entre outros, lembre-se de destacar as caixas de conceito, cujas bordas ficam em azul, antes de realizar a formatação. É possível selecionar várias caixas de conceito segurando a tecla Ctrl.


7. Como salvar o MC?
Clique em Arquivo, Salvar Mapa Conceitual como.


8. Como salvar o MC em diferentes formatos para usar em outros softwares?
Com o MC salvo e ainda aberto, clique em Arquivo, Export Cmap As, Image File, escolha o local para salvar a imagem gerada que ficará no formato JPEG.

segunda-feira

Plástico: mal necessário?


Com a revolução das embalagens os plásticos (polímeros derivados do petróleo) substituíram o papel, o vidro e as latas pela sua diversificada aplicação. A praticidade desses materiais que pareciam inofensíveis está ameaçada por pesquisas recentes que vem revelando que esse material não é a melhor opção para o transporte de alimentos.

Muitas pessoas não associam a periculosidade do polímero com um simples número gravado nas embalagens. A classificação de número 7 (policarbonato) indica que são feitos a partir da substância bisfenol A (BPA), fenol utilizado como matéria prima industrial na produção de polímeros e como estabilizante em plásticos à base de cloreto de polivinila – PVC, para melhorar a maleabilidade, pois sem ela o plástico fica duro e quebradiço.

As pesquisas apontam efeitos danosos do BPA em animais e no reconhecimento de que esta substância se infiltra em alimentos. Como em quase todos os tipos de plástico duro contém o químico (garrafas de bebidas, embalagens de alimentos, óculos, computadores, celulares, copos, potes, estantes, dispositivos médicos e dentários, brinquedos, peças de carro, DVD, eletrodomésticos, revestimento de enlatados, entre outros), toda a população está exposta, inclusive desde o útero.

A maior preocupação, portanto é com a exposição em grávidas e crianças pequenas, sugere-se que os pais usem utensílios de vidro para potes, mamadeiras e copinhos para alimentarem seus filhos enquanto o BPA não é proibido para comercialização.

O risco à saúde está no aquecimento (aumenta a taxa de transmissão do BPA) de líquidos dentro da mamadeira, como o leite, por exemplo, contaminando-o.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, a quantidade de BPA permitida para a produção de plásticos de 0,6 mg por quilo do produto não chega a afetar a saúde.

Apesar disso a Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP aconselha a suspensão do uso por não haver níveis seguros.

A agência que controla alimentos e remédios nos Estados Unidos, Food and Drug Administration – FDA declarou ter "algumas preocupações sobre os efeitos potenciais do BPA no cérebro, no comportamento e na próstata de fetos, bebês e crianças."

Recentemente a agência fez um alerta pedindo que os pais reduzissem a exposição de seus filhos às embalagens plásticas como mamadeiras, chupetas e até brinquedos.

Países como o Canadá (indústria de produtos infantis), Dinamarca, Costa Rica e alguns estados americanos já proibiram a venda de plásticos contendo BPA, por considerarem seu potencial cancerígeno.

Produtos sem o bisfenol A já são fabricados e comercializados com o rótulo “BDA Free”.

As recomendações sugeridas pelas autoridades sanitárias para minimizar a exposição ao bisfenol A são, entre elas: jogar fora garrafas arranhadas ou gastas, não colocar líquidos quentes em copos ou garrafas (como mamadeiras) e verificar os rótulos de recipientes para ter certeza se eles podem ser usados no micro-ondas.

Um estudo feito pela Universidade de Cleveland indica que 90% dos adultos têm traços da substância no organismo pelo uso de garrafas de policarbonatos.

Pesquisadores comprovaram ainda que o BPA desregula a quantidade de hormônios naturais do indivíduo, podendo inclusive imitar ou substituir hormônio feminino estrógeno ao desenvolver atividade semelhante.  As taxas de hipotireoidismo e de puberdade precoce, principalmente em meninas, podem aumentar em contato com a substância.

Estudos feitos com cobaias têm demonstrado que o bisfenol A tem ação cardiovascular, neurológica, causa diabetes, afeta os fetos no período gestacional, além de provocar disfunções sexuais, a redução na contagem de esperma, feminização de macho e ter relação com o desenvolvimento de células cancerígenas em órgãos como a próstata.

terça-feira

A rainha da floresta

A Bertholletia excelsa, castanheira, é uma espécie vegetal de importância ambiental para a Amazônia. A árvore vive até 800 anos e chega a atingir até 60 m de altura por quatro metros de diâmetro na base do tronco.
    
Tem por habitat a mata virgem de terra firme, sempre associada a outras espécies vegetais de grande porte, mas é a única que se destaca pela altura de sua copa. Sua distribuição abrange as partes amazônicas do Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
    
Sua importância do ponto de vista ecológico é fundamental para a manutenção da biodiversidade. A castanheira é uma planta alógama (necessita de polinização cruzada para que ocorra a frutificação) que depende da mata nativa para sua reprodução, com os desmatamentos e as queimadas o habitat do agente polinizador (inseto Hymenoptero do gênero Bombus spp.) é destruído e elas não dão frutos.


                                                             amazonia.org
  
Outros fatores contribuem para espécie estar ameaçada de extinção no Brasil, segundo dados do MMA, consequências do fenômeno do desmatamento por sua madeira de excelente qualidade: mudanças no microclima da floresta com variação de temperatura e umidade, o solo fica desprotegido suscetível à erosão e à perda de nutrientes, a floresta fica exposta à insolação e aos ventos.
     
Exemplares nativos da castanheira passaram a ser protegidos por lei (Decreto de 19 de outubro de 1994), a proibição do corte das castanheiras é uma tentativa de preservar a espécie frente o avanço das fronteiras agrícolas.
     
Geralmente as castanheiras dão frutos em janeiro. Variados animais como a cutia, participam da dispersão das sementes, essencial para a manutenção da espécie. Os guaribas (macacos) se alimentam das flores e folhas novas, as araras, assim como o vento, derrubam o fruto (ouriço) que tem o tamanho aproximado de um coco e chega a pesar 2kg.
      
O fruto é esférico e possui uma casca muito dura que pode abrigar até de 24 sementes (amêndoa comestível) ordenadas como gomos de laranja. Dependendo do tamanho, e é aberta por poucos animais, como a paca. As sementes demoram entre 12 a 18 meses para brotar.
     
A semente é conhecida mundialmente como Brazil nut “castanha-do-brasil” mas popularmente é chamada de “castanha-do-Pará”. Em 92 foi realizada em Manaus a Convenção Mundial de Frutos Secos, na qual decidiu-se padronizar o nome comercial para a semente, passando então a ser denominada castanha-da-amazônia.
     
A aplicação comercial mais lucrativa é a amêndoa da castanheira, pelo seu alto valor agroindustrial, sendo considerada um dos produtos mais exportados da região norte pelos produtores extrativistas.


A amêndoa é rica em proteínas, lipídios e vitaminas, além de conter selênio (mineral), substância que reduz o risco de cânceres, combate os radicais livres (moléculas que danificam as células), fortalece o sistema imunológico e atua no equilíbrio da tireóide. Pode ser consumida pura, torrada ou em forma de farinha e na fabricação de doces e sorvetes. O óleo extraído pode ser usado na produção de cosméticos e de tintas.
     
Atualmente a Bolívia domina o mercado mundial com 58% da produção, o Brasil representa apenas 32%. A maior produtividade é do estado do Acre, contudo a extração de castanha no Brasil vem declinando, a extração ainda é artesanal em muitas comunidades devido as dificuldades no processo de beneficiamento como a falta de tecnologia, níveis sanitários e, principalmente, valor agregado.
    
A qualidade do produto final pode ser afetada pelo transporte e e forma de armazenamento podendo aumentar o risco de contaminação. O grau de umidade pode ser fator preponderante para a formação de micotoxinas causadas por fungos prejudiciais à saúde.
      
O manejo das populações nativas deve visar a sustentabilidade da indústria de beneficiamento, através da implantação de plantios racionais de castanheiras para garantir uma oferta confiável e da formação de estoques adequado em áreas mais próximas e acessíveis dos locais estruturados de beneficiamento, além de promover a regeneração da espécie e a manutenção da fauna dependentes dos frutos da castanheira.


Saiba mais: http://www.embrapa.br/ e http://www.wwf.org.br/.

sábado

Dia mundial do Meio Ambiente!

Neste dia mundial de manifestações em prol do meio ambiente, uma singela homenagem aos timoneiros (responsáveis pela navegação) que nos conduzem por entre as dimensões aquáticas dos rios amazônicos...  

  
                                                           conservation.org

Sou pequeno, mas sou um timoneiro sério
Olho sempre à frente e dirijo meus pensamentos para além do rio
Olho as pedras do caminho, me desvio das grandes, ignoro as pequenas
Olho os galhos que seguem na água, se tem folhas, se tem frutos
Mas os troncos podem nos afundar
Rema forte, ordeno, rema junto, olha o banco de areia!
Pego da corrente, agito no ar, bato no chão, chamo o vento!
Veja a força dos meus braços, das minhas mãos que não tremem
Sou assim, criado nas águas, cheirando brisa matutina
Sou pequeno, mas sou sério
Tenho certeza que vou chegar
Porque sei aonde quero chegar
Onde porei meus pés e deixarei a marca da minha passagem
A minha marca, o meu sinal, a minha sina.
                                                                               
                                                                            (Alexandre Accioly)

sexta-feira

Conheça os símbolos para a reciclagem de plásticos...

Os plásticos são materiais indispensáveis ao nosso dia a dia, estão presentes nos mais variados produtos, por sua versatilidade e propriedades físico-químicas têm substituído materiais como madeira, metal, vidro e até mesmo papel e fibras. São materiais flexíveis, fabricados a partir das resinas sintéticas (polímeros) produzidas a partir de matérias-primas de origem natural, como o petróleo.
      
O petróleo é extraído do subsolo e levado para as refinarias, onde os diferentes derivados são separados. Um destes derivados é a nafta que é fornecida para as indústrias petroquímicas, dando origem aos gases eteno e propeno e a outros monômeros, que por sua vez são transformados, através de processamento químico especial, nas resinas plásticas ou polímeros.
     
Cerca de 300 tipos de plásticos são produzidos pelas indústrias, o uso do plástico reciclado possibilita que economizemos até 50% de energia. A simbologia utilizada para a reciclagem de plásticos segue a norma NBR 13230 da ABNT, onde todos os produtos devem conter na embalagem ou no fundo do utensílio a numeração de 1 a 7 indicando o material usado na fabricação:



quinta-feira

Conheça os símbolos da reciclagem...

Os símbolos da reciclagem impressos nas embalagens dos produtos são muito importantes nas etapas de coleta seletiva e na triagem dos materiais destinados à reciclagem.


Para contribuir com a coleta seletiva na separação das embalagens que consumismos, adotamos a simbologia brasileira, disponibilizados individualmente para download no site da ABRE.


Antes de destinar os resíduos sólidos para a coleta seletiva é necessário ter alguns cuidados básicos:

- Embalagens de alimentos recicláveis como as de tetra park (leite, iogurt, sucos) devem ser lavadas, pois embalagens sujas são mais difíceis de reciclar, além de atrair animais vetores de doenças.

- Plásticos devem estar sem tampas.

- Vidros devem estar envolvidos em grossa camada de papel para não machucar o coletor do material reciclável.

- Latas de metal devem ter as tampas pressionadas para dentro.




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